Mercadante reforça solidez econômica do país ao investidor estrangeiro
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Em meio a especulações financeiras, presidente do BNDES reafirma que indicadores comprovam as perspectivas positivas para a economia. Gleisi reage a terrorismo do mercado: “Os especuladores atacam em bandos”
Gabriel Souza/BNDES
“Escolham o Brasil. Qual o maior risco que vocês correm? É o risco de quererem ficar aqui.”, declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante o FII Priority Summit, realizado nesta quarta-feira (12), no Rio de Janeiro. O evento reuniu líderes e executivos globais dos setores público e privado para discutir oportunidades no país.
O discurso enfático de Mercadante demonstrou a segurança e a atratividade locais para investidores estrangeiros, apesar da surrada cantilena do sistema financeiro sobre “incertezas” na política fiscal. “Estamos com a menor taxa de desemprego dos últimos dez anos, o melhor nível de ocupação da história do índice que mede a evolução do mercado de trabalho, a maior massa salarial real da história do Brasil e uma taxa de crescimento da renda da população de 6,1% ao ano nos últimos 12 meses”, realçou.
A economia vai bem, obrigado
Os fundamentos econômicos do Brasil seguem sólidos, como frisou o presidente do BNDES. O PIB surpreendeu positivamente, com um crescimento significativo no último trimestre, de 0,8%. A inflação está controlada, garantindo um ambiente estável. E a balança comercial tem um superávit acumulado de Us$ 37,2 bilhões no ano.
Esse cenário positivo culminou com a recente declaração de David Becker, chefe de economia para o Brasil e estratégia para a América Latina do Bank of America, uma das mais importantes instituições financeiras americanas: “o mercado tem sido surpreendido para cima. Não é de hoje, já há vários trimestres”. Trata-se de uma realidade bem diferente da pregada por especuladores e rentistas, que recolhem grandes lucros com o ambiente de incerteza por eles mesmos criado.
“Qualquer coisa serve de pretexto para os especuladores. Agora dizem que o dólar está subindo porque Lula falou o óbvio: com menos juros e mais arrecadação o governo pode manter os investimentos programados (…) os especuladores atacam em bandos, derrubando a moeda e a bolsa, de olho em seus ganhos e nada mais”, afirmou nesta data Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, na rede social X (antigo Twitter).
A declaração de Gleisi foi uma reação às críticas desses especuladores e de parte da mídia sobre a fala do presidente Lula no FII Priority Summit, o que acabou resultando em desvalorização do Real ontem. Segundo Lula, “o aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit, sem comprometer a capacidade de investimento público”. Isso foi suficiente para criar um falso pânico e aumentar os rendimentos desses agentes.
Apesar dos abutres
Mesmo com essas “preocupações do mercado”, que se multiplicaram com a volta de Lula ao poder, Aloízio Mercadante declarou no evento que a procura por crédito segue alta. Ele lembrou que o BNDES registrou um crescimento de 86% nessa demanda no primeiro trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado.
Mercadante aproveitou para ressaltar que o Brasil precisa continuar crescendo para estabilizar a relação dívida/PIB. E garantiu que o BNDES fará sua parte, destinando esse ano R$ 16 bilhões em dividendos ao Tesouro Nacional, 50% do lucro do banco: “Temos que ajudar no esforço fiscal”.
Apesar dos abutres do sistema financeiro, a realidade dos fatos aponta para uma melhoria na economia e maior confiança nos rumos do país. “O Brasil tem estabilidade econômica de sobra”, afirmou o presidente Lula. “Até o final do mandato, podemos voltar a ser a sexta economia mundial, como fomos em 2011“.
Da Redação