22 Fev (Reuters) - O uso generalizado de novos e poderosos medicamentos para perda de peso nos Estados Unidos pode aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em 1% nos próximos anos, já que a redução de complicações relacionadas à obesidade provavelmente aumentará a eficiência no local de trabalho, de acordo com o Goldman Sachs.

Alguns analistas previram que o mercado de medicamentos para perda de peso poderia atingir US$ 100 bilhões por ano até o final da década, com o fabricante Ozempic Novo Nordisk.e o produtor de Mounjaro, Eli Lilly liderando a corrida.

A classe de medicamentos, chamados agonistas do GLP-1, está a ser intensamente procurada por diversas empresas e mais poderão entrar no mercado, dependendo dos ensaios clínicos. O uso de GLP-1 pode aumentar entre 10 e 70 milhões de consumidores até 2028, disse o Goldman Sachs na quinta-feira.

“Se o uso de GLP-1 acabar aumentando nessa quantidade e resultar em taxas mais baixas de obesidade, vemos espaço para repercussões significativas para a economia em geral”, disseram economistas do Goldman em nota.

“Estudos acadêmicos constatam que indivíduos obesos têm menos probabilidade de trabalhar e são menos produtivos quando o fazem”.

A corretora estimou que os medicamentos para perda de peso poderiam aumentar o produto interno bruto (PIB) dos EUA em 0,4% num cenário com 30 milhões de utilizadores, e poderiam aumentar para 1% com 60 milhões de utilizadores.

A atual onda de inovação na saúde, como a descoberta de medicamentos com base na IA, juntamente com as GLP-1, poderia aumentar o nível do PIB dos EUA em 1,3% nos próximos anos, o equivalente a 360 mil milhões de dólares por ano nas taxas de câmbio atuais, com potencial para um aumento que varia de 0,6% para 3,2%.

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