Jejum intermitente: nutricionista mostra os alimentos que devem ser consumidos sem sabotar a dieta

Jejum intermitente: nutricionista mostra os alimentos que devem ser consumidos sem sabotar a dieta

Os ovos e legumes são uns dos alimentos que podem tornar a alimentação mais rica em nutrientes

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 Em La Nacion

jejum intermitente virou um tendência nos últimos anos como uma abordagemalimentar com alguns benefícios para a saúde, incluindo a redução de tecidoadiposo, níveis de insulina e promoção da reparação celular. Este método surgiunos anos 2000, visando estudar atletas muçulmanos de alto desempenho que,durante o Ramadã, não podiam comer durante todo o dia até a tarde, como contaMónica Katz em seu livro 'O método da dieta'.

A prática é caracterizada por intervalos entre asrefeições e existem muitos tipos diferentes de jejum. Um deles é o método 5:2,que consiste em comer normalmente durante cinco dias e aplicar um menu de jejumintermitente nos outros dois dias da semana, ou até mesmo, deixar de comer porperíodos de 12 horas e comer na outra metade do dia, de acordo com o portalespecializado em saúde 'Heathline'.

Especialistas acreditam que este método pode terefeitos na redução da massa corporal e inflamação celular, ajudando a longoprazo na prevenção de doenças cardíacas, musculares e até neurológicas.

"Alguns estudos sugerem que o jejumintermitente pode ser mais benéfico do que outras dietas para reduzir ainflamação e melhorar condições associadas a ela, como Alzheimer, artrite,asma, esclerose múltipla e derrames", aponta um relatório da Mayo Clinic,uma organização que divulga e pesquisa temas médicos e científicos. No entanto,deve ser levado em consideração que adotar esse plano alimentar depende dacondição física da pessoa e de seu objetivo, para evitar perdas nutricionais.

Da mesma forma, é importante lembrar que os efeitospositivos do jejum intermitente no metabolismo dependem dos alimentosconsumidos ao quebrar o jejum, pois o objetivo é aumentar seus benefícios.

O jejum pode não ter tanto efeito no corpo se osalimentos consumidos tiverem alta quantidade de gordura, açúcar ou sódio.Escolha produtos ricos em nutrientes: proteínas, fibras e gorduras saudáveis.Por exemplo, legumes, ovos, peixes, nozes e abacate são alimentos adequadospara quebrar o jejum intermitente.

Esses alimentos atendem as orientações necessáriaspara manter uma dieta nutritiva composta de proteínas, fibras e vitaminas quefornecem ao corpo as propriedades necessárias para contribuir para seufuncionamento ideal. De qualquer forma, não se deve esquecer que o método de jejumintermitente é implementado melhor se for monitorado por um nutricionista, quetambém orientará sobre os melhores alimentos para cada pessoa. Eles podemvariar em casos onde seja necessário reduzir os níveis de insulina, inflamaçãocelular ou tecido adiposo.

Aaprovação de um profissional de saúde é necessária para evitar consequênciasindesejadas que possam afetar o bem-estar. Pois nem todos os organismosfuncionam da mesma maneira e nem todos se beneficiam do jejum intermitente.

Benefícios do jejum intermitente

Um estudo publicado na revista Nature Medicine mostrou que o jejumintermitente pode ser mais benéfico na redução do risco de diabetes tipo 2 doque uma dieta comum de restrição de calorias. O trabalho, que contou com 209voluntários, apontou que as pessoas que fizeram três dias de jejum nãoconsecutivos — com uma janela de alimentação apenas das 8h às 12h — apresentaram maiortolerância à glicose após seis meses de jejum do que aqueles com dieta diáriade baixa caloria.

“Os participantes queseguiram a dieta de jejum intermitente foram mais sensíveis à insulina e tambémexperimentaram uma redução maior nos lipídios do sangue do que aqueles na dietade baixa caloria”, disse Leonie Heilbronn, uma das autoras do estudo eprofessora da Escola de Medicina da Universidade de Adelaide, em comunicado.

Outro estudo, feito porpesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego,nos Estados Unidos, concluiu que o jejum intermitente pode ajudar a retardar oaparecimento do Alzheimer.

Contraindicações do jejum intermitente

Apesar de todos os benefícios associados a esse tipo dealimentação, a maioria dos estudos sobre jejum intermitente foi feito em modeloanimal, ou seja, não realizados em seres humanos. Por isso, especialistasponderam que os resultados benéficos da prática devem ser avaliados comcautela, já que há diferenças entre os organismos humano e animal.

Além disso, eles alerta queos possíveis riscos deste tipo de dieta também não foram suficientementeestudados. Muito se questiona também se o jejum intermitente seria adaptável aum estilo de vida comum. Por exemplo, ele é compatível com a prática esportiva?É sustentável ao longo do tempo?

Longosperíodos sem se alimentar podem deflagrar um quadro de hipoglicemia, que é aqueda do nível de glicose no sangue. Por isso, o jejum intermitente não éindicado para gestantes e lactantes, assim como para crianças, adolescentes,idosos e pacientes com diabetes tipo 1. O protocolo também não deve ser seguidopor pessoas imunocomprometidas.

Quem faz jejum intermitentepode sentir dores de cabeça, tontura e dificuldade de concentração enquantoestá no período de restrição alimentar — além de fome, claro. É importanteentender que nem todo mundo consegue se adaptar a este tipo de dieta.

Melhores horários para comer

Estudos mais recentes vêm mostrando que tão importante quanto escolhero que será ingerido na janela de alimentação é determinar os horários em que asrefeições serão realizadas. Uma pesquisa publicada na revista científica CellMetabolism mostrou que comer durante o dia (de manhã até o final da tarde)contribui para a perda de peso e melhora a sensibilidade à insulina. Iniciaruma janela alimentar à tarde e terminá-la à noite não traz esses benefícios.

A explicação tem a ver com onosso ciclo circadiano — o relógio biológico que dita o ritmo de todo o corpo.A incidência dos raios solares faz nosso organismo entender que é dia, momentoideal de produzir hormônios que possam transformar os alimentos na energianecessária para o bom funcionamento do corpo. A ausência de luz incentiva aprodução de melatonina, hormônio que prepara o corpo para o repouso.

Com base nisso, especialistasrecomendam encaixar as janelas de alimentação entre 8h e 12h ou 8h e 16h (adepender do tempo de jejum que será feito).

Colaborou:Evelin Azevedo)

 

 

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