Uma visão do dia seguinte nos mercados dos EUA e globais, de Mike Dolan

O dólar americano parece ter saído como um claro vencedor da viagem mágica e misteriosa desta semana pelos bancos centrais mundiais - com os recordes de alta de Wall St e as ações mundiais recebendo um tiro certeiro com a crise antitruste da Apple .

Uma rápida análise das múltiplas leituras do banco central da semana mostra um corte surpresa nas taxas na Suíça , cortes no México e no Brasil e uma inclinação incomumente pacífica do Banco da Inglaterra que traz à vista um corte nas taxas do Reino Unido em junho. E houve promessas de mais flexibilização monetária na China para aumentar a mistura.

Embora o Banco do Japão tenha finalmente começado a “normalizar” na outra direcção, e o banco central de Taiwan também tenha apresentado um aumento surpreendente, o impulso geral é um ciclo global do banco central que mudou antes do arranque da Reserva Federal.

Embora a Fed tenha mantido a linha na quarta-feira, como esperado, e continuado a sinalizar três cortes nas taxas no final deste ano, a conclusão ligeiramente agressiva foi que as projecções dos seus decisores políticos removeram um corte do “gráfico de pontos” do próximo ano.

E assim, com outros bancos centrais atacando o Fed no primeiro movimento e potencialmente cortando mais profundamente nos próximos dois anos, o dólar levou um tiro no braço.

O índice do dólar atingiu seu maior nível em mais de um mês na sexta-feira e agora subiu mais de 2% em relação às mínimas de março.

Durante a noite, chamou a atenção o desmaio do yuan offshore da China para o seu nível mais fraco do ano, sem qualquer gatilho ostensivo para além das sondagens pacíficas do vice-governador do Banco Popular da China. Ações da China fechou acentuadamente mais baixo também.

Mas o dólar subiu em todos os níveis, atingindo os máximos de 2024 face ao franco suíço, ao iene japonês e aos máximos de um mês face à libra esterlina.

Reflectindo um horizonte mais firme da Fed para além deste ano, os títulos do Tesouro dos EUA estagnaram – com os rendimentos a dois anos a subirem acima de 4,60%.

Talvez estranho em ano eleitoral, medidas de volatilidade do mercado do Tesouro caiu para o nível mais baixo desde antes de o Fed iniciar a sua campanha de aperto, há dois anos.